O período eletivo da faculdade de Medicina no Brasil corresponde a oito semanas do 12º período do curso, momento em que o estudante pode optar por estagiar voluntariamente em qualquer lugar do país ou do mundo. Rebeca explica e reforça que queria ir além. “Eu não queria apenas conhecer a medicina em outro país. Eu queria expandir meus horizontes em todos os aspectos”, destaca.

 

 

Rebeca realizou seu intercâmbio em Praga, capital da República Tcheca, pela Charles University – 1st Faculty of Medicine, uma das faculdades de Medicina mais antigas do mundo, fundada em 7 de abril de 1348 pelo imperador Carlos IV. A oportunidade foi intermediada pela International Federation of Medical Students’ Associations (IFMSA mundo).

 

Durante o estágio, Rebeca atuou no setor de Neurocirurgia do Hospital Militar de Praga (U Vojenské nemocnice). Ela compartilha que seu chefe de departamento era um neurocirurgião de 77 anos, fluente em nove idiomas, que todas as manhãs iniciava o dia com uma aula teórica, discutia os casos do departamento e apresentava os procedimentos cirúrgicos que seriam acompanhados naquele dia, tudo isso no idioma checo.

 

Rebeca conta que assistiu e auxiliou em cirurgias cerebrais e de coluna, além de ter grandes experiências culturais. “Caminhei por antigos túneis militares e tive contato direto com uma medicina marcada pela organização, pontualidade, eficiência, educação, limpeza e tecnologia de ponta”, revela.

“Ver a medicina sendo feita com todos os recursos possíveis foi algo lindo e renovador. Essa vivência me deu uma nova perspectiva e uma vontade ainda maior de atuar como médica e fazer mais pelo meu país e por nossa população, mesmo que com certas limitações de recursos”, declara a futura médica.

 

A estudante também compartilha que além dos aprendizados técnicos, o intercâmbio ampliou seu repertório cultural. “Aprendi sobre a medicina e as culturas de diversos lugares do mundo com meus colegas intercambistas da Bulgária, Romênia, Itália, Taiwan, Líbano, Sérvia, Croácia, Peru, Bósnia-Herzegovina, Egito, entre outros”, declara.

 

Para Rebeca a vivência pode ser resumida em um sentimento: gratidão. “Transborda em mim gratidão: aos meus pais, à Universidade de Rio Verde por me proporcionarem essa oportunidade única de vida, à Charles University, ao meu chefe de departamento, aos colaboradores do hospital e aos amigos que fiz ao longo dessa trajetória”, afirma.

Aos colegas de curso Rebeca ressalta que viver a medicina em outro país amplia horizontes, fortalece a empatia e renova a forma de enxergar o cuidado com o outro, e aconselha que busquem participar dos programas de intercâmbio. “Aproveitem ao máximo todas as oportunidades que a graduação oferece e, se possível, realizem um intercâmbio médico. Essa experiência proporciona um crescimento pessoal e profissional indescritível”, enfatiza.

“Viajar primeiro te deixa sem palavras, depois te transforma em um contador de histórias. E essas histórias e aprendizados levarei comigo por toda a vida”, conclui Rebeca.

O reitor, Professor Dr. Alberto Barella Netto parabeniza a estudante e reforça o compromisso da UniRV em manter e expandir seu investimento na jornada acadêmica por meio da troca de conhecimentos em escala global. “Nosso objetivo é continuar construindo pontes que transcendam as fronteiras, preparando nossos futuros profissionais para os desafios e oportunidades que possam encontrar em todo o mundo. Contamos com o envolvimento de nossos estudantes para levar ensino de excelência oferecido por nossa instituição cada vez mais longe”, assinala.

 

 

 

Equipe ASCOM

Jornalista Ana Júlia Sales

Fotos: Arquivo Pessoal