Em um mundo cada vez mais acelerado, a falta de foco e a sobrecarga de informações podem ser grandes obstáculos para quem precisa manter uma rotina de estudos, e para driblar esses obstáculos e otimizar o tempo dedicado ao aprendizado, algumas ações podem ser adotadas como estratégia, principalmente em dias corridos e de muito conteúdo para estudar. Uma boa estratégia é organizar um espaço adequado, com boa iluminação e livre de distrações, e a utilização dos espaços da Biblioteca pode ser uma boa alternativa para os momentos dedicados ao conhecimento. Além disso, encontrar opções para auxiliar na organização das tarefas e na distribuição das atividades ao longo do semestre pode contribuir significativamente para o rendimento.

Nesse contexto atual, onde há a necessidade de otimização do tempo durante a jornada de estudos, a tecnologia tem se mostrado uma grande aliada e a Inteligência Artificial (IA) surgiu como uma ferramenta para potencializar o aprendizado. Segundo Márcio Rubens Sousa Santos, graduado em Ciência da Computação, com Mestrado em Engenharia Elétrica, especialista em Web e Sistemas de Informação e vasta experiência nas áreas de Ciência da Computação, com ênfase em Realidade Virtual e Aumentada e Design Gráfico, as ferramentas de Inteligência Artificial têm se tornado aliadas poderosas para a produtividade, oferecendo suporte em diversas etapas do processo de pesquisa e aprendizado.

Márcio completa que hoje já existem soluções voltadas para a revisão e resumo de artigos, busca de referências, escrita e formatação de textos, análise de dados e até mesmo a criação de mapas mentais e apresentações. “Essas tecnologias podem ajudar a otimizar o tempo e facilitar tarefas repetitivas, permitindo que os acadêmicos se concentrem em aspectos mais analíticos e criativos, “menciona o Professor.

A IA surgiu como um campo de estudo na década de 1950, quando pesquisadores como Alan Turing e John McCarthy desenvolveram teorias e sistemas que simulavam a inteligência humana e no Brasil, começou a ganhar relevância a partir da década de 1980, com pesquisas acadêmicas e iniciativas inovadoras para a automação e o processamento de dados. Hoje, a Inteligência Artificial está presente em diversas áreas acadêmicas, desde a personalização do aprendizado até a análise de grandes volumes de dados para pesquisa científica, e sua utilização vem crescendo a cada ano. Além disso, com o auxílio de plataformas e aplicativos baseados em IA, é possível personalizar os estudos de acordo com as necessidades individuais, facilitando a assimilação do conteúdo e a gestão do tempo.

Contudo, Márcio explica que o uso das tecnologias baseadas em Inteligência Artificial exige discernimento, pois a dependência excessiva pode comprometer o desenvolvimento do raciocínio crítico e reduzir a autonomia intelectual, além de potencializar riscos como a superficialidade na construção do conhecimento e o plágio involuntário. “Mais do que evitar ou demonizar essas ferramentas, é essencial que os acadêmicos compreendam como elas funcionam, suas limitações e impactos no processo de aprendizado.  A IA deve ser utilizada como um recurso complementar, e não como um substituto das habilidades humanas ou do esforço necessário para assimilar e aplicar novos conhecimentos,” comenta o docente.

O Professor conclui ainda que as ferramentas não podem definir a futura atuação profissional de cada acadêmico. ”O verdadeiro valor acadêmico está na capacidade de questionar, interpretar criticamente e criar, habilidades que nenhuma ferramenta pode substituir. Portanto, a tecnologia deve ser vista como um meio para potencializar a aprendizagem, sem comprometer a originalidade e a construção crítica do saber. O ideal é que seja uma relação de parceria, não de substituição,” finaliza Márcio.

Equipe Ascom UniRV

Jornalista Vanderli Silvestre - CRP 4126/GO

Arte: Rogério Guimarães